quarta-feira, 25 de março de 2009

Hola muchachos!

Hola muchachos!
Estudante de jornalismo relata sua experiência acadêmica em intercâmbio ao Uruguai

A proximidade do Uruguai com o Brasil nos mostra quão diferente somos de nossos vizinhos. Os Costumes e as rotinas demonstram-se completamente distintas dos brasileiros. No que tanje os assuntos acadêmicos, a distância se mostra maior ainda.
O estudante de jornalismo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Jandré Correia Batista, relata um pouco de sua experiência acadêmica em intercâmbio e aborda as principais características observadas na Universidad Católica del Uruguay Damaso Antonio Larrañaga, onde estuda, quando comparadas ao Brasil.
Jandré reside desde março em uma residência universitária franciscana para estudantes do interior do Uruguai. Em princípio ficará morando no Uruguai até o final do primeiro semestre de 2009, mas se tiver a oportunidade e nada que o prenda no Brasil, talvez por um ano.

Carolina: Qual as principais diferenças físicas que pudesses notar da Universidade de Montevidéu para a UCPel?

Jandré: Em tamanho a UCPel é superior (considerando todos os campus), mas em se comparando por organização, aproveitamento do espaço, e recursos oferecidos aos alunos, fica um pouco atrás. De infra-estrutura, realmente, tendo como base o Campus II da UCPel, infelizmente não há o que comparar.

C: Os conteúdos abordados no curso de jornalismo do Uruguai são, em suma, diferentes dos da UCPel?

J: Não posso dizer de um modo geral porque basicamente estou cursando só duas cadeiras do curso de jornalismo, as outras são de áreas correlatas – algumas delas se apresentam como optativas aos cursos de comunicação.
Das puro-sangue, digamos assim, noto uma grande diferença na parte de radiojornalismo, se vê o trato dos sons de uma forma mais além da sua aplicação prática no jornalismo, com uma visão mais filosófica da comunicação sonora, trabalhando com a percepção dos sons e de suas formas de culturalizacao, propagação e recepção; manejo técnico, conceitos musicais, sonoplastia etc.. Antes de se ter as cadeiras de rádiojornalismo de fato, passa-se por três matérias semestrais de comunicação sonora, outras de comunicação oral e para a partir daí então se começar a pensar em jornalismo.
Essa perspectiva teórica me parece uma constante em todo o curso, há, por exemplo, cinco semestres de matérias de teoria da comunicação (para todas as habilitações) ao passo que na UCPel se tem apenas dois. Em compensação, quando se fala em Internet a abordagem ainda se apresenta um pouco incipiente, definitivamente a formação não explora o meio como deveria: uma cadeira de um só horário para ver conceitos de jornalismo digital e das características da Internet como um todo.

C: Como é o ambiente universitário, comparado ao Brasil?

J: No Uruguai se tem outra perspectiva sobre a educação, aqui realmente se é levado a sério – faço essa afirmação com base nas experiências que tive em cursos de graduação e nos depoimentos de gente daqui e do povo daí. Os professores realmente aparentam dominar o tema das matérias que ministram, as aulas duram todo o período, do início ao fim, independentemente que sejam 3 horas e 15 corridas, e o cronograma é seguido à risca. Todas as matérias apresentam considerável demanda de atividades, não é para inglês ver, e mais importante, as aulas não são suspensas por qualquer motivo.

C: A prática universitária do jornalismo é de fácil acesso para os estudantes?

J: Não sei dizer precisamente, elegi cadeiras com um foco mais teórico por justamente não dominar o idioma suficientemente, mas há matérias práticas no desenvolver do curso como na UCPel. E oportunidades ao que parece também não faltam: sempre se vê avisos com ofertas de atividades a estudantes de jornalismo, tanto remuneradas quanto voluntárias.

C: Como a população recepciona os estudantes estrangeiros? Há algum tipo de discriminação?

J: Não, até agora não passei por nenhum tipo de discriminação por ser estrangeiro. Na Universidade aparentemente posso desempenhar qualquer atividade como se fosse um nacional. Parece-me evidente também que esse tipo de recepção é algo cultural, ao menos nas experiências que tive, os uruguaios se demonstram bastante prestativos e pouco burocráticos.
Se necessitas de algo vão se preocupar e se ocupar em fazer o que puderem para te ajudar ou procurar quem o possa.

Confira também o contéudo divulgado previamente de sua viagem ao exterior nas mídias pelotenses.

Um comentário:

  1. Na verdade eles sao gaúchos que falam espanhol /o/, tudo farinha do mesmo saco

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