quinta-feira, 16 de abril de 2009

Por favor, não vejam "Crepúsculo". Leiam-o!

Crítica cinematográfica:

Por favor, não vejam "Crepúsculo". Leiam-o!

"Mas esse filme não é baseado em um livro?", sai a perguntar aos que estavam na fila do cinema. Ninguém soube me responder. Ó gente alienada essa... Mas eu sabia, sabia que havia alguma relação do "Crepúsculo" com a literatura, só que naquela hora, ainda não...
Suspiros... mais suspiros. Toda vez que Edward aparecia na tela as meninas do meu lado soltavam estridentes "ais".
Já estava ficando de enjoada com toda aquela historinha de amor, aquela lenga-lenga de romancezinho adolescente. Afff... que podrera.
Imaginem... Uma típica adolescente revoltada, recém transferida de uma grande cidade para o interior. Tudo em Forks a irritava, o clima, as pessoas, sua família. Quantos filmes idênticos a esses já não foram produzidos?
Mas continuando... Até que... Tchananan!!! Até que ela descobre que o ódio que ela sentia pelo seu colega de aula era realmente amor e o melhor... Ele era um vampiro!!!
Afff... mil vezes Aff!!! R$ 6 jogados no lixo - seis preciosíssimos reais, por sinal.
Mas não pensem que acabou por aí. Tem mais, muito mais! Eles começam a viver uma conturbada e intensa história de amor entre o pecado, a tentação (a menina, Isabella) e o impossível e intocável (o vampiro bonitão, Edward). Sem contar é claro, que o vampiro esse tem família e ainda por cima são "vegetarianos"!! Pasmem... eles não mordem pescoços alheios, somente matam animais como lanchinhos.
E após ser bem aceita na família vampiro, eles saem todos para jogar baseball - indiscutivelmente a pior parte do filme - e encontram um grupo de vampiros assassinos, que imediatamente sentem o cheiro da menina humana. Inicia-se então a saga para salvar a vida do grande amor de Edward... Leiam bem, inicia-se! a tortura tem parte dois!! ... ... ...
Eca! Definitivamente "Crepúsculo" entrou para a lista negra cinematográfica.
No entanto, mesmo com a "inovadora" história, eu não seria capaz de terminar por aqui. Não é justo com a escritora Stephenie Meyer - sim, obviamente minha intuição estava certa e a história era baseada na literatura - e nem com suas obras.
Passado alguns dias, o filme continuava em destaque na mídia, todos falando da produção como se fosse uma grande coisa. Não podia acreditar que aquela produção "água com açúcar" pudesse ter despertado tanto interesse no ambiente cinematográfico. Então, para não ficar com uma imagem 100% negativa da questão e ainda por cima com a fama de má, resolvi aproveitar uma promoção, é claro, e comprei o livro "Crepúsculo".
Simplesmente foi devorado em três dias. 416 páginas consumidas com verocidade e necessitada de ler a continuação da história - nessa hora, realmente dei graças por existir uma parte dois e até mesmo três -.
O envolvimento com os personagens, a intensidade da história e das situações vividas pelos protagonizadores é absurda. É possível até mesmo sentir dor pelo sentimento dos dois.
A história lenga-lenga permanece a mesma, é evidente, mas a maturidade das situações não é nada se comparada com a das telas. A história bobinha de amor adolescente transforma-se em uma verdadeira história de amor, que transcende o mundo dos personagens e envolve toda a sociedade com dilemas, além de despertar o imaginário e questionar valores pessoais.
Lançamentos nacionais que compõem a saga "Crepúsculo"


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